sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Microbiologia



MICROSCOPIA 









É o estudo das estruturas celulares, feito com o auxílio do microscópio. 



Microscópio óptico: funciona com luz e tem pequeno poder de resolução. É possível observar células vivas em atividade. 





Microscópio eletrônico: usa feixes de elétrons e tem grande poder de resolução (mais de 500 000 vezes). Só é possível observar células mortas, porém em todas as dimensões.Poder de resolução é a capacidade de aumento ou de distinguir entre dois pontos muito próximos.


SteREO Discovery.V12, lançado em 2005, a Carl Zeiss expande os limites dos estéreo-microscópios "com o aumento da profundidade de campo, excelente reprodução de cor, imagens de alto contraste e com mais informações"
As células são medidas em: 
  • Å (Ångström) = 0,000 000 1 mm (1 décimo milionésimo de milímetro). 




As células Procariotas 
REINO MONERA


As células procariotas têm como principal característica a ausência de um núcleo diferenciado. Essas células aparecem em organismos procariontes, bactérias e cianobactérias (cianofíceas), pertencentes ao Reino Monera.


CIANOBACTÉRIAS


As cianobactérias já foram chamadas pelo nome algas azuis, porque possuem aspecto verde-azulado. 

São encontradas na superfície dos mares, oceanos, rios e lagos. A presença de clorofila permite que esse grupo realize a fotossíntese. Atualmente, as cianobactérias são agrupadas no reino monera, pois se sabe que não possuem membrana ao redor do material genético, ou seja, são procariontes, como as bactérias.


EUTROFIZAÇÃO
Acúmulo de matéria orgânica nos ambientes aquáticos, especialmente, onde a água é pouco movimentada, como em rios, lagos e represas. Tal situação resulta em mau odor e aspecto turvo à água.
A eutrofização pode ter origem natural ou antrópica:    
Eutrofização natural: Produzida pelos próprios elementos da natureza, ocorrendo de forma espontânea e lenta.
Eutrofização antrópica ou artificial: Quando é provocada pelo homem e tem como principal causa a poluição das águas, falta de saneamento, acúmulo de lixo doméstico, despejo de efluentes nas águas e uso de fertilizantes que contaminam o lençol freático. Ocorre de forma rápida. 
A matéria orgânica é decomposta naturalmente, o seu excesso, todavia, altera esse processo fazendo com que as algas se desenvolvam e aumente a quantidade dos seres decompositores, como as bactérias aeróbicas.

Bactérias


Bacteriologia - estudo das bactérias.

A forma das bactérias
As bactérias assumem três formas básicas: cocos, bacilo e espirilo 

Cocos são bactérias esféricas que se agrupam formando diplococos (um par de cocos), estreptococos (fileira de cocos) e estafilococos (cacho de cocos).
Bacilo é a bactéria em forma de bastonete; quando recurvado, em forma de vírgula, o bastonete passa a ser chamado de vibrião. Final mente, existe o espirilo, de forma helicoidal.



O tamanho das bactérias
As células procariotas apresentam pequena dimensão; assim, as formas esféricas possuem um diâmetro que varia entre 0,2 e 5 μm, enquanto os bastonetes alcançam 2 a 5 μm de comprimento.
A estrutura celular das bactérias
 Na estrutura de uma bactéria, distinguimos: parede celular, cápsula, fímbrias, flagelos, membrana plasmática, citoplasma e nucleoide.
Parede celular
Externamente, a célula bacteriana é envolvida por uma parede celular, constituída por glicanopeptídeo (proteínas), protegendo e dando sustentação à célula.
Cápsula: existem bactérias que secretam a cápsula, uma cama da de consistência mucosa, formada por polissacarídeos. É encontrada principalmente nas bactérias patogênicas, protegendo-as da fagocitose.
Fímbrias: são apêndices filamentares, de natureza proteica, mais finos e curtos do que os flagelos. Nas bactérias que sofrem conjugação, as fímbrias funcionam como pontes citoplasmáticas, permitindo a passagem do material genético.

Flagelos: Existem bactérias que se locomovem por meio de
apêndices filiformes, os flagelos, nunca encontrados nos cocos.
Número de flagelos - as bactérias podem ser classificadas em: monotríquias (um flagelo polar), lofotríquias (um tufo de flagelos), anfitríquias (um flagelo ou um tufo em cada polo) e peritríquias (flagelos em toda a superfície).


Membrana plasmática: mesma função da que  encontramos nas células eucarióticas (permeabilidade seletiva).

Citoplasmaé constituído por hialoplasma e ribossomos (associado a produção proteica). 

Nucleoide: constituí do por uma única molécula de  DNAmuitas bactérias apresentam os epissomos ou plasmídeos, moléculas de DNA, geralmente circulares.


A formação de esporos

Em condições ambientais desfavoráveis, as bactérias dos gêneros Clostridium, Bacilus e Sporosarcina desenvolvem os esporos, estruturas de resistência. Formados internamente (endosporos), contêm, no interior de uma espessa membrana, o DNA e enzimas. Altamente resistentes à dessecação, os esporos germinam em condições favoráveis.




Bactérias autótrofas
Produzem substâncias orgânicas, realizando a quimiossíntese ou a fotossíntese.

Bactérias heterótrofas
Obtêm alimento orgânico, vivendo como parasitas ou saprófitas. A obtenção da energia, contida nos alimentos, é feita pela 
respiração aeróbica ou pela fermentação.

A reprodução das bactérias

O principal método reprodutivo das bactérias é a divisão celular. Tal divisão envolve replicação do DNA, apoia do no mesossomo e separação das células por um septo transversal. Em condições ideais, ocorre uma divisão a cada 20 minutos.
Bipartição ou Cissiparidade: É o principal processo de reprodução das bactérias, no qual uma bactéria se divide formando duas outras geneticamente idênticas. Nesse processo, o DNA da bactéria replica-se originando duas cópias idênticas. Segue-se a constrição citoplasmática originando duas células.




Conjugação bacteriana:  É a transferência direta de DNA do plasmídio de uma bactéria para outra, por meio de uma ponte citoplasmática que se estabelece temporariamente entre essas bactérias.

Transdução: Corresponde à transferência de segmentos de DNA
de uma bactéria para outra por um vetor. O vetor é um vírus (bacteriófago).

Transformação bacteriana: Fenômeno pelo qual uma bactéria incorpora ao seu material genético segmentos de DNA dispersos no meio ambiente.






A importância das bactérias







Observação do Meio de Cultura e a Formação Colonial



Caracterizar a aparência dessas colônias, e os sistemas de nomenclatura vão do simples ao complexo. Mesmo assim a técnica é muito utilizada e útil no laboratório de microbiologia.
Como a morfologia é influenciada pelo tipo do meio e pelas condições de crescimento, cuidados devem ser tomados antes de descrever os parâmetros. Uma boa determinação da morfologia das colônias depende de uma boa semeadura pois necessita-se que as colônias sejam bem separadas. Basicamente, as colônias são classificadas e descritas através de três critérios: forma, elevação e margem:

Coloração de Gram 
Classificação das Bactérias



É chamado de coloração de Gram o método de coloração utilizado para diferenciar espécies bacterianas em dois grupos, bactérias gram-positivas e gram-negativas. Entre os fatores que irão diferenciar gram-positivos de gram-negativos, está a coloração das bactérias, a composição e propriedades químicas e físicas das paredes celulares.




Gram-positivas: azul violeta
Gram-negativas: vermelhas

O método de coloração de Gram é considerado um dos mais importantes dentro dos laboratórios de análises clínicas e microbiologia. Em laboratórios de análises clínicas, por exemplo, a técnica é essencial para obtenção de resultados. As bactérias são caracterizadas como gram-positivas ou gram-negativas em esfregaços de pus ou fluídos orgânicos, permitindo que o profissional do laboratório possa monitorar as infecções.









Meio de Cultura





É um modo empregado em laboratório a fim de cultivar os microrganismos, sendo constituído de substâncias para o seu crescimento e multiplicação, podendo ser definido como um cultivo artificial, uma preparação química que apresenta os nutrientes necessários para a multiplicação de micro-organismos, possibilitando a sua identificação, o seu estudo e análise. 

“É importante conhecer o potencial de crescimento de cada meio de cultura e adequar ao perfil bacteriano esperado para cada material”.


PREPARO DO MEIO DE CULTURA

MATERIAIS

- Água destilada;
- Balança;
- Diferentes meios de cultura;
- Vidraria (placas de Petri e béquer, erlenmeyer);
- Papel alumínio ou papel manteiga;

PROCEDIMENTOS





- Pesar conforme recomendações do fabricante (coletar o meio com o palito de picolé e dispor no papel para pesar na balança);

- Usar vidraria seca e limpa;

- Adicionar os meios em um frasco;

- Acrescentar água para umedecer todo o meio e depois acrescentar o restante da água;

- Para o meio a ser distribuído em placa, autoclavar em frascos de vidro (esterilização por 15 minutos – temperatura: 121°C);


Após autoclavar, distribuir nas placas de Petri, inclinando o tubo contendo o meio.
  • Esterilize por flambagem a agulha e a alça de níquel-cromo antes e após qualquer cultivo. Esfrie-as cuidadosamente antes da coleta.
  • Evite que as tampas dos tubos e placas fiquem sob a bancada durante o cultivo.
  • Não perfure ou rasgue o ágar, pois acarreta o acúmulo de bactérias e altera as condições de crescimento bacteriano.

Caso utilize meios preparados comerciais, pese-os separadamente, usando papel manteiga ou papel alumínio. Após a pesagem do pó, acrescente a água destilada 

SEMEADURA




Para a semeadura em meio sólido: divida a Placa de Petri em três partes, utilizando um pincel marcador para fazer linhas na parte inferior da placa. Depois, mergulhe a alça de platina esterilizada na cultura bacteriana que for usar.
 Em seguida, faça estrias em cada divisão, respeitando as linhas e utilizando toda a superfície da placa, da melhor maneira possível.



Para a semeadura em meio líquido: Destampe o tubo e retire uma porção de amostra com a alça, fechando-o em seguida. Retire a tampa do tubo que será inoculado e introduza a alça até aproximadamente ¼ de profundidade do meio. Feche o tubo.


Procedimento
  1. Confeccionar o esfregaço;
      Meio de Cultura


  1. Corar com cristal de violeta por 60 segundos;
  2. Lavar com esguicho de água destilada;
  3. Cobrir com Iodo de Gram ou Lugol por 60 segundos;
  4. Lavar com esguicho de água destilada;
  5. Descorar com álcool a 95%, ou acetona, 10-20 segundos;
  6. Lavar com esguicho de água destilada;
  7. Corar com fucsina por 20 segundos ou Safranina (45 seg)
  8. Lavar com água destilada, secar e observar ao microscópio.







Bactérias comumente nas mãos:
  • São as Gram-positivas - Sataphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Estreptococos sp Existem 33 tipos de estafilococos, alguns mais virulentos que outros. O tipo mais comum na nossa pele é o Staphylococcus epidermiditis, uma espécie de estafilococo bem mais branda que o Staphylococcus aureus, o mais virulento da espécie.
Bactérias comumente na boca:
  • a bactéria Streptococcus mutans que se alimenta de açúcar, a partir do qual libera ácido láctico que destrói o esmalte e provoca as cáries, vive exclusivamente na superfície dentária.
  • a bactéria Streptococcus gordonii, que vive no biofilme que cobre os dentes, possui proteínas em sua superfície que atraem outra bactéria,
  •  Porphiromonas gingivalis, envolvida em infecções gengivais.
Bactérias comumente nas espinhas:

O Contador de Colônias

Aparelho capaz de contar colônias de bactérias ou fungos, tornando o processo de contagem mais rápido em placas de Petri.



  •    Lupa com aumento de 5X e um auxiliar de 10X com haste flexível;
  •     Com uma ótima condição de iluminação e visibilidade, obtidas por meio de uma - lâmpada circular LED;



Antibiograma - Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA)


Exame capaz de determinar a sensibilidade da bactéria aos antibióticos, podendo indicar ao médico qual o antibiótico mais aconselhado para tratar a infecção do paciente. 

Geralmente, este exame é realizado em conjunto com a cultura de secreções, como do sangue (hemocultura) ou da urina (urocultura), por exemplo, pois é o exame que identifica se há realmente uma infecção e qual o microrganismo responsável por ela.
  •     Coletar do material biológico como sangue, urina, saliva, catarro, fezes ou células do órgão contaminado pelas bactérias.
  •         Cultivar as bactérias em meio de agar específico;
  •         Analisar o material através do microscópio (identificação).


Depois das bactérias crescerem no meio de cultura é realizado o antibiograma, que pode ser feito através de 2 processos:

·   Antibiograma por difusão em agar: neste procedimento são colocados pequenos discos de papel que contêm diferentes antibióticos na placa onde as bactérias crescem. Após algumas horas observa-se se existiu crescimento de bactérias em voltas dos discos e na ausência de crescimento bacteriano, descobre-se qual o antibiótico mais adequado.

  • Antibiograma baseado em diluição: neste procedimento existe um recipiente com várias diluições de antibiótico com doses diferentes, onde são colocadas as bactérias que serão analisadas. No recipiente onde não houve crescimento bacteriano, é que está a dose correta do antibiótico.
  • Antibiograma automatizado: obtido através de um equipamento informático que verifica o efeito dos antibióticos sobre as bactérias e indica o melhor tratamento para tratar a infecção.

Como interpretar o resultado

·  Pode demorar até cerca de 3 a 5 dias - análise do efeito dos antibióticos no crescimento das bactérias.
·  O antibiótico que inibir o crescimento das bactérias é o indicado para tratar a infecção, mas caso as bactérias cresçam e os antibióticos não tenham efeito, indica que a bactéria não é sensível àquele antibiótico.

Por que é necessário identificar o antibiótico correto?
· O uso de antibióticos que não são corretos para um microorganismo pode provocar problemas, pois pode tratar parcialmente a infecção e causar uma infecção mais persistente e difícil de tratar. 


Projeto

Limpar, desinfetar e esterilizar: 

Qual é a diferença? 
Quando usar cada um deles? 


  1. Limpeza: com um pano, água, sabão e detergente, por exemplo, remove até 95% a carga de micro-organismos de um objeto; 
  2. Desinfecção: com cloro, álcool ou hipoclorito de sódio, tira maior parte deles, perto de 98%;
  3. Esterilização: com autoclave, elimina 100% de bactérias.
Todas essas técnicas têm como objetivo higienizar objetos e alimentos como uma maneira de evitar doenças e outros riscos à saúde.

BEM ESTAR

















O Reino Fungi 


Do latim fungus = cogumelo

MICOLOGIA - ESTUDO DOS FUNGOS

Existem mais de 100 mil espécies de fungos descritas. Seus esporos podem ser encontrados em todos os lugares: ar, solo e água – eles já puderam ser detectados a 10km acima do nível do mar.






  • Seres eucariontes; FERMENTADORES
  • Não possuem clorofila ou outro pigmento que o permita realizar fotossíntese;
  • Heterótrofos, não sintetizam seu próprio alimento - saprófitos ou parasitas;
  1. São considerados os principais biodegradadores de matéria orgânica de nosso planeta.
  2. Os saprófitos vivem à custa de matéria orgânica morta, que vão decompondo à medida que se nutrem; 
  3. Os parasitas vivem à custa de outro ser vivo, vegetal ou animal, provocando doenças.




  • Uni ou Pluricelulares sem a capacidade de formar tecido;

  • Imóveis na sua maioria.








Corpo - também conhecido por micélio, é constituído pelo entrelaçamento de filamentos chamados hifas



• As suas células apresentam uma parede constituída por quitina (polissacarídeo nitrogenado), e não por celulose; 
• Reserva nutritiva dos fungos - polissacarídeo chamado glicogênio, e não o amido;
(Polissacarídeo que compõe a reserva nutritiva dos animais. O polissacarídeo é um composto orgânico formado pela condensação de muitas moléculas de açúcares, entre elas, a glicose).


Reprodução

Assexuada: formação de esporos, geralmente transportados pelo vento.



Os esporos possuem citoplasma, núcleo e membrana celular. 


Sexuada