Por que classificamos?
Se você já organizou alguma coleção, deve ter percebido que esse trabalho envolve, normalmente, a necessidade de agrupar coisas ou objetos semelhantes.
A classificação dos seres vivos deve ser vista como possibilidade de organizar melhor o nosso raciocínio; ela facilita a compreensão da evolução dos organismos e das diferentes espécies.
A taxonomia é uma área da biologia que estuda a classificação dos seres vivos. Para formar grupos, temos de levar em conta vários critérios, como as características externas, o modo de vida, a forma de nutrição, o modo de reprodução, o número de células e outras tantas condições de vida de um organismo.
Foi o naturalista sueco Karl Von Linné (conhecido simplesmente como Lineu) que, em 1735, criou o sistema de classificação de seres que é usado até hoje. Nesse sistema, Lineu considerou diversas características e montou níveis de organização em sequência, que nos leva à identificação mais precisa de cada um dos seres vivos: a espécie.
Por definição, espécie é o conjunto de organismos semelhantes entre si que são capazes de cruzarem e produzirem descendentes férteis, ou seja, filhotes, que poderão crescer e, ao chegarem na fase adulta, terão também a capacidade de produzir seus filhotes.
O sistema de classificação que Lineu elaborou agrupa espécies semelhantes em um mesmo gênero; os gêneros semelhantes, numa mesma família; famílias semelhantes são reunidas numa ordem; ordens semelhantes são agrupadas em uma classe; classes semelhantes são agrupadas em um filo; e filos semelhantes são agrupadas em um reino.
As categorias podem ser representadas, da mais ampla para a mais restrita, da seguinte maneira:
- Observe o esquema a seguir e complete-o obedecendo aos critérios estabelecidos por Lineu.
Nomenclatura dos seres vivos
A nomeação dos seres vivos que compõem a biodiversidade constitui uma etapa do trabalho declassificação. Muitos seres são “batizados” pela população com nomes ditos locais ou populares.
Manihot esculenta: mandioca, aipim, castelinha, macaxeira, pão de pobre etc.
Assim, o nome científico de cada espécie:
- é binomial, ou seja, é composto por dois nomes;
- deve ser escrito em latim ou latinizado;
- precisa obedecer às seguintes regras de composição:
a) o primeiro nome, que designa o gênero,deve ter inicial maiúscula;
b) o segundo nome, que designa espécie, deve ter inicial minúscula.
Se for manuscrito, deve-se grifar separadamente o nome do
gênero e o da espécie; se for impresso, o nome deve ser registrado em itálico.
Exemplo:
Canis lupus,
Homo sapiens
Felis catus;
Os cinco reinos atuais dos seres vivos
Lineu classificou os seres vivos em dois grandes reinos: animal e vegetal.
A teoria dos 5 reinos de Whittaker foi criada em 1969, no entanto, tem vindo a ser atualizada e revista. A versão mais utilizada atualmente é a versão modificada de 1979, que inclui os reinos Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia. E necessitamos saber o significado de algumas palavras muito comuns na área da biologia.
- Células procariontes: são aquelas que não possuem membrana ao redor do material genético ou DNA,ou seja, são células anucleadas.
- Células eucariontes: são aquelas cujo material genético fica envolvido por uma membrana; são,portanto, células nucleadas.
- Seres autótrofos: são seres que produzem seu próprio alimento.
- Seres heterótrofos: são seres que, para conseguirem seu alimento, precisam consumir outros seres vivos.
- Seres pluricelulares: são formados por duas ou mais células.
- Seres unicelulares: são formados por uma única célula, que é o próprio organismo do ser.
Briófitas
As
briófitas mais conhecidas são
os musgos
e as hepáticas. São plantas
muito primitivas,
vivendo, na maioria
das vezes,
em ambientes terrestres
úmidos e sombreados (plantas
umbrófilas).
ALTERNÂNCIA DE
GERAÇÕES:
(metagênese), em que o gametófito representa o vegetal verde, complexo e duradouro (permanente), enquanto
o esporófito
é um vegetal reduzido(transitório) e dependente (parasita) do
gametófito.
Os
GAMETÓFITOS produzem os órgãos
reprodutores representa dos
pelos
arquegônios e
anterídios.
No
interior
do ARQUEGÔNIO (feminino/ forma de garrafinha) forma-se a OOSFERA – uma única oosfera.
Os
ANTERÍDIOS são
órgãos masculinos-
no interior dos
anterídios
formam-se muitas células espiraladas e
providas de DOIS FLAGELOS, chamadas
ANTEROZOIDES (gametas ).
MUSGO |
Hepáticas |
Pteridófitas
São
plantas
pluricelulares, autótrofas,
que vivem
em ambientes terrestres úmidos e umbrófitas (sombra), sendo
a Mata Atlântica o hábitat
da
maioria das
espécies.
Existem algumas espécies que vivem em água
doce, mas não marinhas.
São
plantas vasculares
(traqueófitas),
isto é,
desenvolvem tecidos
especializados
para
o transporte
de seiva
bruta
(lenho ou xilema) e
de seiva
elaborada (líber ou
floema).
ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES: possuem
gametófito e esporófito macroscópicos
e
verdes.
O esporófito
é o vegetal complexo,
com vida duradoura (permanente);
é autótrofo, e na
maioria das vezes,
possui raízes, caules e folhas.
NÃO FORMA FLOR, FRUTO E NEM SEMENTE.
AS FOLHAS FÉRTEIS, que
se
encarregam apenas da PRODUÇÃO
DE ESPOROS
O
ESPORÓFITO produz ESPORÂNGIOS, em
cujo interior, ocorrem a
meiose e a produção de ESPOROS.
Classificação, as
PTERIDÓFITAS, as mais conhecidas são:
Equisetum (cavalinha).
Lycopodinea: plantas dos gêneros Lycopodium e Selaginella.
Filicinea (Pteropsida): é a classe mais numerosa e
corresponde às plantas genericamente conheci das como samambaias e avencas.
ALGUNS GÊNEROS CONHECIDOS:
•
Davallia: renda portuguesa.
•
Dicksonia: samambaia-açu ou xaxim.
•
Nephrolepsis: paulistinha.
•
Platycerium: chifre-de-veado.
•
Polypodium: samambaia de metro.
•
Adiantum: avenca.
1.Observe a árvore filogenética a seguir,
que representa a evolução
dos grandes
grupos de plantas.
De acordo
com essa árvore filogenética, as plantas são definidas pela presença de
a)frutos. b)sementes. c)embrião. d)vasos condutores e)clorofila.
Gimnospermas
São
plantas
terrestres de GRANDE
PORTE (árvores e arbustos), vasculares, que vivem de preferência em climas frios, com folhas
aciculadas.
O ESPORÓFITO é
o vegetal verde,
complexo e
duradouro, organizado em
raiz,
caule, folha, estróbilos e sementes.
Os GAMETÓFITOS são
dioicos,
reduzidos em
tamanho, tempo de vida
e complexidade, e dependentes do esporófito.
Característica
reprodutiva e classificação
O
gametófito masculino. chama-se TUBO
POLÍNICO,
sendo os gametas são as CÉLULAS ESPERMÁTICAS ou núcleos espermáticos.
O
gametófito feminino chama-se SACO EMBRIONÁRIO OU MEGAPRÓTALO
(estrutura simples que gera somente um único gameta – oosfera) e forma-se no interior do óvulo.
Quatro
classes:
1°.)
Cicadinae: tronco
não
ramificado, com folhas
ge -
Ralmente; Exemplo: Cycas.
2°.)
Ginkgoinae: um
único
representante:
Ginkgo biloba (China e no Japão).
3°.)
Coniferae: grupo mais importante atualmente. Exemplos: Araucaria,
Pinus,
Cedrus, sequoia, etc;
4°.)
Gnetinae: há dois represen tantes: Ephedra e Gnetum.
Reprodução: as
gimnospermas produzem estróbilos e sementes, mas nunca produzem frutos. produção de cones ou pinhas
Angiospermas
Angeios - bolsa / Sperma - semente.
São as plantas
mais adaptadas aos ambientes terrestres. São encontradas nos mais variados lugares: desde os muito úmidos
até os desérticos. Poucas são as
espécies que vivem em água doce. Existem raríssimas espécies marinhas. Podem ser ervas, arbustos ou
árvores.
- Autótrofa Fotossintetizante, mas existem
algumas espécies holoparasitas, como
o cipó-chumbo, que não possuem
clorofila e não realizam fotossíntese.
As Angiospermas são divididas em
dois grupos:
- Monocotiledôneas e Dicotiledôneas - caracterízados pelos: número de cotilédones, organização da flor, estrutura da raiz e caule, tipo de nervação da folha etc.
Flor das Angiospermas
É o aparelho de reprodução das angiospermas. Uma flor completa de angiosperma aparece organizada em:
- pedúnculo floral – eixo que liga a flor ao caule.
- receptáculo floral – parte dilatada do pedúnculo, onde estão inseridos os elementos florais.
- cálice – constituído por folhas modificadas estéreis chamadas sépalas.
- corola – constituída por folhas modificadas estéreis chamadas pétalas.
- androceu – constituído por folhas modificadas férteis chamadas estames ou microesporofilos.
- gineceu – constituído por folhas modificadas férteis chamadas carpelares, pistilos ou macroesporofilos.
- perianto – nome que se dá ao conjunto de cálice e corola.
- perigônio – às vezes o cálice fica igual à corola na forma e na cor; ao conjunto dá-se o nome de perigônio.
- brácteas – são folhas modificadas que servem para a proteção da flor ou de uma inflorescência.
Estame – folha modificada organizada em três partes:
- filete
- antera
- conectivo.
Folha carpelar ou carpelo – a folha carpelar toma a forma de uma garrafa, na qual se podem reconhecer três partes: estigma, estilete e ovário. No interior do ovário formam-se os óvulos.
A planta que vemos crescer na natureza é o esporófito, organiza do em
raiz, caule e folhas, e produtor de flores, frutos e sementes. Estes vegetais
são os únicos que formam frutos.
Os gametófitos são dioicos, extremamente reduzidos e dependentes
do esporófito. Na verdade, crescem
no interior da flor.
O gametófito feminino é o saco
embrionário (megaprótalo) contido no
óvulo. Não forma arquegônio e possui
uma única oosfera (gameta).
O gametófito masculino é o tubo
polínico (microprótalo), no interior do
qual se formam dois núcleos espermáticos (gaméticos), que representam os gametas .
Não dependem de água para a
fecundação.
Revisão:
Polinização
Polinização é o processo de transporte do pólen
desde a antera, onde foi produzido, até o estigma do gineceu. Pode ser direta ou auto polinização, e indireta ou
cruzada.
- Polinização Direta ou Autopolinização: O grão de pólen cai no estigma da própria flor. Este fenômeno ocorre de preferência em flores cleistogâmicas (fechadas), como por exemplo, a ervilha. A autopolinização leva à autofecundação que, por sua vez, leva ao aparecimento de descendência homozigota.
- Polinização Indireta ou Cruzada: O grão de pólen é transportado da antera de uma flor até o estigma de uma outra flor, podendo esta última, estar na mesma planta ou em outra planta. Quando a polinização é feita em outra planta, há uma ver dadeira polini zação cruzada. A polinização cruzada leva à fecundação cruzada e, consequentemente, à produção de descendência heterozigota (híbrida).
Agentes polinizadores
O fruto é o ovário fecundado e desenvolvido.
Apresenta-se constituído
por três paredes: epicarpo, mesocarpo e endocarpo. Ao conjunto das três
paredes dá-se o nome de pericarpo.
Os frutos protegem as sementes
e estão relacionados com o fenôme no
da disseminação (dispersão das sementes). Os frutos carnosos se tornam atraentes quando maduros. Os
animais alimentam-se de suas reservas e espalham as sementes, garantindo a dispersão da espécie . Os
frutos secos providos de ganchos ou
espinhos aderem ao corpo dos animais. Aqueles providos de pelos e expansões aladas são dispersos pelo
vento.
Semente
A semente aparece organizada
em tegumento ou casca, que é formada pela testa e pelo tégmen, com
função de proteção e disseminação, e
amêndoa, que é composta do endosperma secundário e do embrião.
A Germinação da Semente
A semente madura, quando liberada pela planta,
geralmente possui um embrião em estado de dormência, isto é, metabolicamente inativo, capaz de suportar
condições adversas do meio ambiente, além de uma
quantidade razoável de reserva. A quantidade de reserva
é bastante variável. Assim, em sementes
de alface, muito pequenas, as reservas são
suficientes para manter o crescimento do
embrião durante alguns dias. Nas
sementes de ervilha, que são maiores, as
reservas são suficientes para várias
semanas e, num caso extremo, como o do
coco-da-baía, a plântula, num período de 15
meses, só consome metade das reservas
acumuladas.
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