domingo, 10 de setembro de 2017

Classificação Taxonômica e Reino Plantae - Reino das Plantas e Vegetais



Por que classificamos?


Se você já organizou alguma coleção, deve ter percebido que esse trabalho envolve, normalmente, a necessidade de agrupar coisas ou objetos semelhantes.
A classificação dos seres vivos deve ser vista como possibilidade de organizar melhor o nosso raciocínio; ela facilita a compreensão da evolução dos organismos e das diferentes espécies.



A taxonomia é uma área da biologia que estuda a classificação dos seres vivos. Para formar grupos, temos de levar em conta vários critérios, como as características externas, o modo de vida, a forma de nutrição, o modo de reprodução, o número de células e outras tantas condições de vida de um organismo.

Foi o naturalista sueco Karl Von Linné (conhecido simplesmente como Lineu) que, em 1735, criou o sistema de classificação de seres que é usado até hoje. Nesse sistema, Lineu considerou diversas características e montou níveis de organização em sequência, que nos leva à identificação mais precisa de cada um dos seres vivos: a espécie.


Por definição, espécie é o conjunto de organismos semelhantes entre si que são capazes de cruzarem e produzirem descendentes férteis, ou seja, filhotes, que poderão crescer e, ao chegarem na fase adulta, terão também a capacidade de produzir seus filhotes.
O sistema de classificação que Lineu elaborou agrupa espécies semelhantes em um mesmo gênero; os gêneros semelhantes, numa mesma família; famílias semelhantes são reunidas numa ordem; ordens semelhantes são agrupadas em uma classe; classes semelhantes são agrupadas em um filo; e filos semelhantes são agrupadas em um reino.

 As categorias podem ser representadas, da mais ampla para a mais restrita, da seguinte maneira:
  • Observe o esquema a seguir e complete-o obedecendo aos critérios estabelecidos por Lineu.


Nomenclatura dos seres vivos
A nomeação dos seres vivos que compõem a biodiversidade constitui uma etapa do trabalho declassificação. Muitos seres são “batizados” pela população com nomes ditos locais ou populares.

Manihot esculenta:  mandioca, aipim, castelinha, macaxeira, pão de pobre etc.
Assim, o nome científico de cada espécie:
- é binomial, ou seja, é composto por dois nomes;
- deve ser escrito em latim ou latinizado;
- precisa obedecer às seguintes regras de composição:

a) o primeiro nome, que designa o gênero,deve ter inicial maiúscula; 
b) o segundo nome, que designa espécie, deve ter inicial minúscula. 
Se for manuscrito, deve-se grifar separadamente o nome do
gênero e o da espécie; se for impresso, o nome deve ser registrado em itálico.

Exemplo:
Canis lupus,
Homo sapiens
Felis catus;




Os cinco reinos atuais dos seres vivos

Lineu classificou os seres vivos em dois grandes reinos: animal e vegetal. 

A teoria dos 5 reinos de Whittaker foi criada em 1969, no entanto, tem vindo a ser atualizada e revista. A versão mais utilizada atualmente é a versão modificada de 1979, que inclui os reinos Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia. E necessitamos saber o significado de algumas palavras muito comuns na área da biologia.

  • Células procariontes: são aquelas que não possuem membrana ao redor do material genético ou DNA,ou seja, são células anucleadas.
  • Células eucariontes: são aquelas cujo material genético fica envolvido por uma membrana; são,portanto, células nucleadas.
  • Seres autótrofos: são seres que produzem seu próprio alimento.
  • Seres heterótrofos: são seres que, para conseguirem seu alimento, precisam consumir outros seres vivos.
  • Seres pluricelulares: são formados por duas ou mais células.
  • Seres unicelulares: são formados por uma única célula, que é o próprio organismo do ser.











Reino Plantae (Briófitas e Pteridófitas)

Briófitas





As briófitas mais conhecidas são os musgos e as hepáticas. São plantas muito primitivas, vivendo, na maioria das vezes, em ambientes terrestres úmidos e sombreados (plantas umbrófilas).





ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES:
(metagênese), em que o gametófito representa o vegetal verde, complexo e duradouro (permanente), enquanto o esporófito é um vegetal reduzido(transitório) e dependente (parasita) do
gametófito.

Os GAMETÓFITOS produzem os órgãos reprodutores representa dos pelos arquegônios e anterídios.
No interior do ARQUEGÔNIO  (feminino/ forma de garrafinha) forma-se a OOSFERA – uma única  oosfera.
Os ANTERÍDIOS são órgãos masculinos- no interior dos anterídios formam-se muitas células espiraladas e providas de DOIS FLAGELOS, chamadas ANTEROZOIDES (gametas ).



MUSGO






Hepáticas





Pteridófitas

São plantas pluricelulares, autótrofas, que vivem em ambientes terrestres úmidos e umbrófitas (sombra), sendo a Mata Atlântica o hábitat da maioria das espécies. Existem algumas espécies que vivem em água doce, mas não marinhas.


São plantas vasculares (traqueófitas), isto é, desenvolvem tecidos especializados para o transporte de seiva bruta (lenho ou xilema) e de seiva elaborada (líber ou floema).


ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES: possuem gametófito e esporófito macroscópicos e verdes.
O esporófito é o vegetal complexo, com vida duradoura (permanente); é autótrofo, e na maioria das vezes, possui raízes, caules e folhas.
NÃO FORMA FLOR, FRUTO E NEM SEMENTE.
AS FOLHAS FÉRTEIS, que se encarregam apenas da PRODUÇÃO DE ESPOROS
O ESPORÓFITO produz ESPORÂNGIOS, em cujo interior, ocorrem a meiose e a produção de ESPOROS.




Classificação, as PTERIDÓFITAS, as mais conhecidas são:
Equisetum (cavalinha).
Lycopodinea: plantas dos gêneros Lycopodium e Selaginella.
Filicinea (Pteropsida): é a classe mais numerosa e corresponde às plantas genericamente conheci das como samambaias e avencas.
ALGUNS GÊNEROS CONHECIDOS:
Davallia: renda portuguesa.
Dicksonia: samambaia-açu ou xaxim.
Nephrolepsis: paulistinha.
Platycerium: chifre-de-veado.
Polypodium: samambaia de metro.
Adiantum: avenca.



      1.Observe a árvore filogenética a seguir, que representa a evolução dos grandes grupos de plantas. De acordo com essa árvore filogenética, as plantas são definidas pela presença de
    a)frutos.   b)sementes.  c)embrião.  d)vasos condutores   e)clorofila.








Gimnospermas

São plantas terrestres de GRANDE PORTE (árvores e arbustos), vasculares, que vivem de preferência em climas frios, com folhas aciculadas.
O ESPORÓFITO é o vegetal verde, complexo e duradouro, organizado em raiz, caule, folha, estróbilos e sementes.
Os GAMETÓFITOS são dioicos, reduzidos em tamanho, tempo de vida e complexidade, e dependentes do esporófito.



Característica reprodutiva e classificação

O gametófito masculino. chama-se TUBO POLÍNICO, sendo os  gametas são as CÉLULAS ESPERMÁTICAS ou núcleos espermáticos.
O gametófito feminino  chama-se SACO EMBRIONÁRIO OU MEGAPRÓTALO (estrutura simples que gera somente um único gameta – oosfera) e forma-se no interior do óvulo.



Quatro classes:

1°.) Cicadinae: tronco não ramificado, com folhas ge -
Ralmente; Exemplo: Cycas.
2°.) Ginkgoinae: um único representante: Ginkgo biloba (China e no Japão).
3°.) Coniferae: grupo mais importante atualmente. Exemplos: Araucaria,
Pinus, Cedrus, sequoia, etc;
4°.) Gnetinae: há dois represen tantes: Ephedra e Gnetum.


Reprodução: as gimnospermas produzem estróbilos e sementes, mas nunca produzem frutos. produção de cones ou pinhas




Angiospermas


Angeios - bolsa / Sperma - semente.
São as plantas mais adaptadas aos ambientes terrestres. São encontradas nos mais variados lugares: desde os muito úmidos até os desérticos. Poucas são as espécies que vivem em água doce. Existem raríssimas espécies marinhas. Podem ser ervas, arbustos ou árvores.
- Autótrofa Fotossintetizante, mas existem algumas espécies holoparasitas, como o cipó-chumbo, que não possuem clorofila e não realizam fotossíntese.



As Angiospermas são divididas em dois grupos:
  • Monocotiledôneas e Dicotiledôneas - caracterízados pelos: número de cotilédones, organização da flor, estrutura da raiz e caule, tipo de nervação da folha etc.







Flor das Angiospermas
É o aparelho de reprodução das angiospermas. Uma flor completa de angiosperma aparece organizada em:
  • pedúnculo floral – eixo que liga a flor ao caule.
  • receptáculo floral – parte dilatada do pedúnculo, onde estão inseridos os elementos florais.
  • cálice – constituído por folhas modificadas estéreis chamadas sépalas.
  • corola – constituída por folhas modificadas estéreis chamadas pétalas.
  • androceu – constituído por folhas modificadas férteis chamadas estames ou microesporofilos.
  • gineceu – constituído por folhas modificadas férteis chamadas carpelares, pistilos ou macroesporofilos.
  • perianto – nome que se dá ao conjunto de cálice e corola.
  • perigônio – às vezes o cálice fica igual à corola na forma e na cor; ao conjunto dá-se o nome de perigônio.
  • brácteas – são folhas modificadas que servem para a proteção da flor ou de uma inflorescência.


Estame – folha modificada organizada em três partes:
  • filete
  • antera
  • conectivo.


Folha carpelar ou carpelo – a folha carpelar toma a forma de uma garrafa, na qual se podem reconhecer três partes: estigma, estilete e ovário. No interior do ovário formam-se os óvulos.






A planta que vemos crescer na natureza é o esporófito, organiza do em raiz, caule e folhas, e produtor de flores, frutos e sementes. Estes vegetais são os únicos que formam frutos. Os gametófitos são dioicos, extremamente reduzidos e dependentes do esporófito. Na verdade, crescem no interior da flor. O gametófito feminino é o saco embrionário (megaprótalo) contido no óvulo. Não forma arquegônio e possui uma única oosfera (gameta). O gametófito masculino é o tubo polínico (microprótalo), no interior do qual se formam dois núcleos espermáticos (gaméticos), que representam os gametas . Não dependem de água para a fecundação. 

Revisão:




Polinização 

Polinização é o processo de transporte do pólen desde a antera, onde foi produzido, até o estigma do gineceu. Pode ser direta ou auto polinização, e indireta ou cruzada.


  • Polinização Direta ou Autopolinização: O grão de pólen cai no estigma da própria florEste fenômeno ocorre de preferência em flores cleistogâmicas (fechadas), como por exemplo, a ervilha. A autopolinização leva à autofecundação que, por sua vez, leva ao aparecimento de descendência homozigota.
  • Polinização Indireta ou Cruzada: O grão de pólen é transportado da antera de uma flor até o estigma de uma outra flor, podendo esta última, estar na mesma planta ou em outra planta. Quando a polinização é feita em outra planta, há uma ver dadeira polini zação cruzada. A polinização cruzada leva à fecundação cruzada e, consequentemente, à produção de descendência heterozigota (híbrida).
Agentes polinizadores 

  1. Entomofilia: insetos;
  2. Anemofilia: vento;
  3. Quiropterofilia: morcegos;
  4. Ornitofilia: aves;
  5. Hidrofilia: água.

Fruto e Semente



O fruto é o ovário fecundado e desenvolvido.




Apresenta-se constituído por três paredes: epicarpo, mesocarpo e endocarpo. Ao conjunto das três paredes dá-se o nome de pericarpo.




Os frutos protegem as sementes e estão relacionados com o fenôme no da disseminação (dispersão das sementes). Os frutos carnosos se tornam atraentes quando maduros. Os animais alimentam-se de suas reservas e espalham as sementes, garantindo a dispersão da espécie . Os frutos secos providos de ganchos ou espinhos aderem ao corpo dos animais. Aqueles providos de pelos e expansões aladas são dispersos pelo vento.



Semente

A semente aparece organizada em tegumento ou casca, que é formada pela testa e pelo tégmen, com função de proteção e disseminação, e amêndoa, que é composta do endosperma secundário e do embrião.



A Germinação da Semente


A semente madura, quando liberada pela planta, geralmente possui um embrião em estado de dormência, isto é, metabolicamente inativo, capaz de suportar condições adversas do meio ambiente, além de uma quantidade razoável de reserva. A quantidade de reserva é bastante variável. Assim, em sementes de alface, muito pequenas, as reservas são suficientes para manter o crescimento do embrião durante alguns dias. Nas sementes de ervilha, que são maiores, as reservas são suficientes para várias semanas e, num caso extremo, como o do coco-da-baía, a plântula, num período de 15 meses, só consome metade das reservas acumuladas.





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