sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

O Reino "Monera"

O REINO MONERA


Formado por seres vivos unicelulares. 
Inclui as bactérias e as cianofíceas (algas azuis).
A estrutura da célula desses seres é muito simples e constituída por:
  • parede celular, envolvendo e protegendo a célula;
  • membrana plasmática, circundando o citoplasma;
  • ribossomos, nos quais ocorre a síntese de proteínas, formando os únicos organoides citoplasmáticos;
  • nucleoide ou núcleo difuso, formado por uma molécula de DNA circular e enovelada;
  • mesossoma, invaginação da membrana plasmática onde se prende a molécula de DNA; contém enzimas respiratórias.
Não existe nenhuma membrana separando o núcleo do citoplasma. Por esse motivo (ausência do envoltório/carioteca), essa célula é chamada procariota e os seres vivos, procariontes.


Bactérias

As bactérias apresentam formas variadas: esférica, espiralada, de bastão e de vírgula. As esféricas são chamadas cocos; as espiraladas, espirilos; as com forma de bastão, bacilos; e aquelas com forma de vírgula, vibriões. Muitas possuem flagelos que permitem a locomoção.
A quase totalidade das bactérias é incapaz de produzir o seu próprio alimento e precisa obtê-lo a partir do meio em que vive. A sua nutrição é chamada heterótrofa.
Muitas nutrem-se a partir de matéria orgânica morta e agem como decompositoras, sendo importantes porque promovem a reciclagem da matéria na natureza.
 Outras agem como parasitas de vegetais, animais e do homem, provocando graves doenças nesses seres vivos.

A importância das bactérias
Além de causar doenças em animais, vegetais e no homem, esses seres são importantes na reciclagem da matéria na natureza, agindo como decompositores.

Algumas doenças provocadas por bactérias no homem são:
  •       cólera: causada pelo vibrião da cólera (Vibrio comma);
  •       tuberculose: causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis);
  •       meningite: causada pela Neisseria meningitidis;
  •       pneumonia: causada pelo Diplococcus pneumoniae;
  •       sífilis: causada pelo espirilo Treponema pallidum;
  •       tétano: causada pelo bacilo Clostridium tetani.

Muitas outras doenças são provocadas por bactérias, entre elas: mal de Hansen (lepra), coqueluche, gonorreia, tifo, peste bubônica, erisipela.
Existem, no entanto, bactérias que possuem um tipo especial de clorofila. Elas podem realizar a fotossíntese, sendo a sua nutrição autótrofa.
A respiração: aeróbia ou anaeróbia.
Conforme utilizem ou não o oxigênio. As anaeróbias realizam a chamada fermentação, processo utilizado para a fabricação de alguns produtos, entre eles: iogurtes, coalhadas, vinagres, algumas bebidas alcoólicas.
A reprodução: cissiparidade ou bipartição
É o processo mais rápido de multiplicação que se conhece. Uma bactéria dá origem a duas outras num espaço de tempo de apenas 20 minutos. As bactérias também podem apresentar um processo de reprodução sexuada chamado conjugação bacteriana, permitindo a recombinação genética.

Cianofíceas (algas azuis)

As cianofíceas são seres unicelulares, clorofilados, que realizam fotossíntese e apresentam nutrição autótrofa. Esses seres possuem, além da clorofila, um pigmento azul chamado ficocianina, que confere a eles uma coloração verde-azulada.
O nome “algas azuis” não é rigorosamente correto, porque as cianofíceas não são algas. Por esse motivo, muitos biólogos têm usado o termo cianobactéria para referir-se a esses seres.
São encontradas na água doce, no mar e no solo úmido. Reproduzem-se por cissiparidade e até hoje não foram observados processos de reprodução sexuada.
Podem ser unicelulares ou coloniais, geralmente formando vários tipos de colônias: filamentosas, globulares etc.
As cianobactérias têm importância na fixação biológica do nitrogênio da atmosfera. Algumas espécies produzem substâncias tóxicas capazes de afetar o sistema nervoso e muscular e outras afetam o fígado.

PROBIÓTICO
Suplemento alimentar constituído de micro-organismos vivos (bactérias) resistentes à ação do suco gástrico, da bile, de pH ácido etc. Atua no organismo de forma benéfica, melhorando a digestão, favorecendo a absorção de nutrientes e eliminando bactérias patogênicas. Na alimentação humana, são lactobacilos utilizados na fabricação de coalhadas e iogurtes. Tem ação na manutenção do equilíbrio bacteriano intestinal, no controle do colesterol, na prevenção contra diarreias e na redução do risco de câncer.













VINAGRE
A produção de vinagre (ácido acético) envolve dois tipos de reações bioquímicas:
  • fermentação de açúcares provenientes de frutas (uva, maçã) ou de grãos (arroz) por fungos (leveduras) até a produção de álcool;
  • oxidação do álcool até a formação de ácido acético realizada por bactérias acéticas.


A história dos Antibióticos


Durante toda a história da Humanidade, ninguém jamais imaginou que um número enorme de doenças era causado pelas bactérias.

Imaginava-se que as doenças eram causadas por “miasmas”, por “desequilíbrios das “energias” e “humores”, por “princípios maléficos”, por influência das estrelas etc.

Mesmo depois que os cientistas descobriram as bactérias, durante muito tempo ninguém suspeitou que elas pudessem fazer mal.

Devemos a dois grandes cientistas do século XIX – o francês Louis Pasteur e o alemão Robert Koch – a descoberta de que algumas bactérias causam doenças. Estes dois cientistas também criaram as primeiras vacinas e soros contra bactérias e vírus.

Ainda assim, até a metade do século XX, boa parte das crianças morria de infecções e os adultos infectados por bactérias também morriam em massa ou passavam a vida doentes.

As medicinas tradicionais não tinham a menor ideia do que fossem infecções de bactérias e como curá-las. Todavia já fazia milhões de anos que os fungos e algas se defendiam das bactérias produzindo antibióticos – a substância mais eficaz que existe para matar bactérias.

Quem descobriu isso foi
Alexander Fleming, um cientista inglês que estudava os fungos Penicillium. Ele isolou o primeiro antibiótico conhecido pelos homens: a penicilina.

Depois da penicilina, os biologistas descobriram centenas de antibióticos que atacam tipos diferentes de bactérias.

Com a descoberta dos antibióticos a história da Medicina mudou para sempre. Os cientistas haviam descoberto a “bala mágica” para liquidar as doenças bacterianas.

Entretanto, hoje em dia, devido ao mau uso que se faz dessas “balas mágicas” elas estão perdendo muito de sua eficiência. Por isso, sem nunca parar, os bioquímicos continuam procurando outros antibióticos nos fungos.

Como as bactérias criam meios de se defender dos antibióticos, os laboratórios precisam, todo o tempo, pesquisar novos antibióticos para poder substituir os que estão perdendo sua capacidade de matar bactérias.
Mais um motivo importante para manter a biodiversidade: quanto maior for o número de espécies de fungos preservadas na Natureza, tanto maior será a probabilidade de obtermos novos antibióticos.



Resistência das Bactérias aos Antibióticos


reprodução das bactérias é rapidíssima. Podem bastar poucos minutos para que uma inteira geração de bactérias seja substituída por outra.

E essa geração seguinte, como você viu, está cheia de mutantes. Isto é, de bactérias com novos tipos de revestimentos, alguns dos quais impedirão a ação de alguns antibióticos.

Por isso, se você quer acabar com uma bactéria em seu organismo, você precisa tomar uma dose de antibiótico suficientemente grande para acabar de uma só vezcom as bactérias invasoras.

Se você usar uma dose pequena e matar apenas uma parte das bactérias, as bactérias que sobrarem vão evoluir para novas formas resistentes a esse antibiótico.

Isto é, esse antibiótico vai se tornar ineficiente e as recém-surgidas bactérias resistentes vão se espalhar, passando de você para outras pessoas...
Aplicação Incompetente de Antibióticos

1. Quando tomamos menos antibiótico que o necessário ou por menos tempo do que o indicado pelo médico. Você pode até pensar: “Já estou me sentindo bem. Posso parar com o antibiótico”. Mas você estará erradíssimo!
As bactérias resistentes a esse antibiótico não só irão prejudicar o seu corpo, como irão contagiar as outras pessoas.

2. Quando usamos antibióticos para “curar” doenças não-bacterianas.
Atenção: Antibióticos só matam bactérias. Não matam vírus como, por exemplo, os vírus das gripesUsar antibióticos para curar gripes ou quaisquer outras doenças não-bacterianastambém pode produzir bactérias resistentes a esse antibiótico!

resistência das bactérias desenvolve-se ao longo do tempo, produzindo novas gerações de bactérias – cada vez mais resistentes.

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